Você já assistiu ao filme “Divertida Mente”? Se ainda não viu eu recomendo fortemente que assista! A animação mostra de uma forma muito bem ilustrada e sensível que todas as emoções são essenciais para existirmos.
Hoje parece que todos estão em uma busca incessante pela felicidade. É claro que todos querem ser mais felizes, mas acabam fugindo da tristeza como se fosse uma “peste” dos nossos tempos. Será que isso resolve?
Primeiro: essa história de sempre estar feliz só existe na ficção.
Segundo: tristeza é um sentimento que faz parte da natureza humana, não tem como fugir. É normal ficar triste.
Terceiro: a tristeza em si não é uma doença.
A grande questão é como administramos esse sentimento. Por que inevitavelmente você vai ficar triste em algum momento da sua vida, geralmente diante de situações críticas que não desejamos.
Intuitivamente, podemos querer que esse sentimento se afaste rapidamente. Então o “guardamos em uma caixinha” sem olhar para sua verdadeira razão. Mas isso não vai apaga-lo, tenha certeza. Em algum momento, ele vai se manifestar em outra situação.
Uma forma saudável de lidar com a tristeza é fazer um balanço geral colocando todas as possibilidades de saída para essa situação. Ela deve ser vista como um estado temporário e útil, pois está querendo nos avisar alguma coisa. A manifestação da tristeza pode ser uma oportunidade de aprender, crescer e se recuperar.
Mas se esses períodos de tristeza começam a ficar frequentes e intensos, se impactam no seu cotidiano gerando dificuldade em realizar as tarefas do seu dia a dia, atenção! Podem ser manifestações iniciais da depressão. Abaixo listo os sintomas mais frequentes:
- Baixo astral generalizado.
- Sentimento constante de desesperança, inutilidade ou desamparo.
- Choro frequente.
- Inquietação e agitação constante.
- Cansaço exagerado e perda de energia.
- Perda de interesse em atividades e hobbies que gostava.
- Dificuldade de concentração.
- Dormir demais ou problemas de sono.
- Falta de apetite ou comer compulsivamente.
- Pensamentos suicidas.
- Dores persistentes, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos que não melhoram com tratamento.
É muitíssimo importante procurar ajuda especializada de um bom médico ou psicólogo para receber a correta orientação. É muito comum as pessoas buscarem as famosas “pílulas da felicidade” para um alívio rápido da dor emocional. Em alguns casos, a medicação é um aliado necessário e importante para o tratamento, mas sempre com orientação médica.
Imprescindível também é olhar para dentro! É possível entender os fatores que de alguma maneira influenciam esse estado de sofrimento constante.
Mais importante ainda, é identificar suas forças para encontrar maneiras positivas de lidar com essas situações.
Carolina Melo
Psicóloga
CRP 35956/5
Telefone/Whatsapp: (21) 99449-1599