O que tira a nossa paz não é o mundo e também não são as pessoas.
Somos nós mesmos.
Toda vez que não somos sinceros com nossos desejos mais íntimos, toda vez que abrimos mão de ouvirmos a voz da nossa essência em detrimento do medo, do orgulho ou da arrogância, ou toda vez que agimos em contradição com nossos valores de vida buscando aceitação, nos responsabilizamos por nosso sofrimento.
Você pode fazer o papel de bonzinho contando pequenas mentiras para si mesmo, buscando não ferir essa ou aquela pessoa. Mas adivinha quem vai se ferir no final?Isso mesmo, você!
Você pode esconder tudo de todo mundo, mas o seu corpo sente e reage às pequenas agressões que você faz nesses momentos. As reações podem ser sintomas físicos ou emocionais (ou tudo junto).
E assim surge ansiedade, depressão, angústia, síndrome do pânico, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), fibromialgia, dores constantes e por aí vai.
A mais poderosa forma de entender esses nossos verdadeiros desejos, nem sempre tão evidentes nesse mar de pensamentos e informações em que vivemos, é olhando para dentro. Só nos tornamos capazes de sermos felizes quando finalmente perdemos o medo de olharmos com sinceridade para dentro de nós.
Não é fácil encarar a nossa parte mais sombria, pensar em deixar padrões de comportamento que nos acompanham há tanto tempo. Toda mudança implica em alguma perda, mas o ganho é sempre maior.
Para começar, aqui vão 3 dicas para você voltar a encontrar a paz:
1. Evite notícias ruins
Se você quer sair de um padrão negativo precisa parar de alimentar seu cérebro com imagens e notícias negativos. Sabemos que nosso mundo está passando por situações complicadas e a mídia se utiliza disso para ganhar audiência, e às vezes é inevitável acabar vendo alguma coisa. Ok. Mas não busque essas notícias. Alimente seu cérebro com notícias boas, com imagens agradáveis, com coisas que elevem sua frequência e aumentem o seu bem-estar.
2. Permaneça no aqui e agora
Nossa mente está o tempo todo produzindo pensamentos que nem sempre são úteis. Nossa mente pode ser nosso pior inimigo se ficarmos dando muito ouvido e muita importância aos pensamentos que vêm e vão. A chave para isso é permanecer no aqui e agora. A prática da meditação da atenção plena, ou mindfulness, ajuda muito. Mas um exercício simples e rápido que já traz muitos ganhos é a respiração consciente. Quando você estiver se sentindo mal, estressado, com a cabeça cheia, experimente fazer 3 respirações profundas e conscientes, percebendo todo o fluxo de ar que entra e sai e percebendo as sensações no seu corpo: onde o ar toca, que partes vai preenchendo e qual temperatura tem. Sinta a calma depois disso.
3. Exercite a gratidão
Estamos acostumados a olhar sempre para o que falta: preciso ganhar mais dinheiro, viajar para aquele lugar que ainda não fui, fazer aquele curso, ter uma casa maior, aquele sapato que lançou nessa coleção, aquela TV grande e moderna. Mas você já parou para olhar para tudo que você tem? Não só para as coisas materiais, mas também para tudo que você é, para as experiências que você passou? A gratidão é um exercício muito poderoso. Experimente antes de dormir agradecer por 3 coisas do seu dia.
Por exemplo: Eu, Carolina, agradeço por ter visto meu filho sorrir, por poder apreciar um gostoso chocolate após o almoço e por poder ajudar pessoas a serem mais felizes.
Conclusão
Esses exercícios não vão resolver seus problemas, mas podem começar a lhe tirar da espiral negativa. O autoconhecimento continua sendo fundamental para entender seus padrões de escolhas que dificultam a encontrar a paz.
Imagine uma vida sem os medos que te paralisam, sentindo plenitude em seu coração, conseguindo estabelecer limites e conseguir parar de se maltratar. Uma vida em que você consiga se colocar em primeiro lugar!
Você não precisa fazer isso sozinho, um profissional de Psicologia pode ajudar!
Carolina Melo
Psicóloga
CRP 35956/5
Telefone/Whatsapp: (21) 99449-1599